O impasse sobre o futuro dos moradores da área de invasão Vila Soma, em Sumaré, novamente levou cerca de duas mil pessoas às ruas da cidade na tarde desta segunda-feira. O grupo deixou a ocupação por volta das 15 horas e rumou ao Centro da cidade, parando em frente à prefeitura municipal. Desta vez o protesto aconteceu ao mesmo tempo em que era realizada uma nova reunião no Gaorp, o Grupo de Apoio às Ordens de Reintegração de Posse, em São Paulo. Durante o percurso, os manifestantes foram acompanhados pela Polícia Militar e por agentes de trânsito e nenhum incidente foi registrado.
A indefinição sobre a situação dos moradores da área tomou contornos dramáticos neste ano, quando o processo de desocupação da área foi adiado, aguardando decisões de recursos promovidos pelas duas partes interessadas no local. Enquanto não há nenhuma definição das autoridades sobre qual será o destino das famílias que vivem na área, os moradores prometem resistir, como afirma William Souza, um dos líderes da ocupação. Segundo ele, a grande preocupação, além de garantir o direito de moradia das 2,5 mil famílias que vivem no local, é evitar um confronto em um eventual cumprimento da ordem de reintegração de posse.
A Justiça havia determinado um leilão da área ocupada para o pagamento dos funcionários da antiga empresa que funcionava no local e que foi a falência em 1990. A área, de mais de 500 metros quadrados, foi invadida em junho de 2012, e segundo os moradores, abriga cerca de 2,5 mil famílias. A prefeitura de Sumaré sempre reiterou que o local é de propriedade particular e que o problema não é da municipalidade.