O início de 2016 foi marcado por casos de maus tratos de animais e represálias a protetores na região. Em Campinas, logo no inicio de janeiro, um protetor animal registrou boletim de ocorrência, após ter tido a casa invadida e pichada. Pelas redes sociais, ele disse que os atos de vandalismo tinham relação com a causa defendida por ele – a proteção de cães e gatos.
Cães que estavam na casa também teriam sido envenenados. No final de janeiro, em Hortolândia, 17 cães morreram pela mesma causa – veneno. Eles estavam no espaço cuidado pela Márcia Campos e a preocupação dela que isso volte a acontecer com os outros mais de 60 cães e gatos que estão no local.
A Márcia é diretora do projeto Cão Feliz e Companhia e reconhece o fato de ser uma área residencial, porém cobra um apoio maior do poder público.
Assessoria de imprensa da prefeitura de Hortolândia, por nota, disse que a Secretaria de Saúde, em parceria com o Conselho Municipal de Proteção aos Animais, tenta viabilizar uma área para instalação dos animais. Sobre ações, destaca castração química de cães e gatos machos, quando os donos levam até o centro de zoonose.
Em Campinas, notícias de maus tratos de animais também são frequentes e ONGs se mobilizam pedindo um espaço para cuidar desses cães e gatos.
O posicionamento dessa prefeitura, no entanto, é diferente. O diretor do Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal de Campinas, Paulo Anselmo, fala da inviabilidade de um espaço para abrigar os animais abandonados. A esperança é com um Estatuto que será enviado à Câmara em março, com expectativa de estar em vigência ainda neste semestre.
Enquanto o Estatuto não define de forma mais clara a proteção animal, a prefeitura de Campinas reforça que denuncias de maus tratos, por exemplo, podem ser feitas pelo 156.