Com cinco casos de zika confirmados na região – dois em Sumaré e um em Campinas, Americana e Piracicaba -, a Unicamp vai oferecer testes rápidos para detectar a doença. O resultado fica pronto em cinco horas. Quem explica é a coordenadora de pesquisas da força-tarefa que estuda o vírus em parceria com a USP e a Unesp, Clarisse Arns, que também garante que o procedimento molecular é 100% eficaz e foi adaptado.
Trata-se de um teste feito a partir da análise de amostras de sangue, urina ou saliva, e que permite a diferenciação do vírus das outras doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegypti, como a dengue e o chikungunya. A pesquisadora, porém, afirma que o processo só é possível com pacientes que chegaram à fase considerada aguda do zika, enquanto os exames sorológicos, para a identificação dos anticorpos, seguem demorados.
O teste rápido estará disponível para os pacientes do Hospital das Clínicas da Unicamp e da rede pública municipal de Campinas. Depois, na próxima fase, serão recebidas as amostras de casos suspeitos de cidades da região. A força-tarefa composta por pesquisadores da Unicamp, USP e Unesp estuda a evolução do vírus e o combate ao mosquito e tenta desenvolver uma vacina e fazer o mapeamento genético na formação dos bebês.
Ainda segundo a coordenadora, Clarisse Arns, o trabalho é feito por cerca de 30 pessoas e os esforços já refletem em diversas especialidades. Somente na Unicamp, estudos já são feitos para a criação de remédios antivirais. Antes da adaptação do teste rápido para a confirmação do zika vírus, os exames eram feitos somente pelo sangue colhido de pacientes com suspeitas e os resultados demoravam pelo menos uma semana para sair.