Após 9 dias de paralisação, os funcionários da Sanasa retornaram às atividades nesta sexta-feira. Eles haviam iniciado a greve no dia 3 de fevereiro por conta do atraso no pagamento da primeira parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) da empresa que os funcionários recebem anualmente, e que deveria ter sido paga no mês de janeiro.
A Sanasa efetuou o pagamento, no valor de R$ 3 mil, na última quarta-feira. Porém os trabalhadores mantiveram a greve por mais um dia, aguardando uma decisão do TRT sobre a legalidade do movimento.
José Luiz Rezende, Diretor de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Purificação e Distribuição de Água e Esgoto de Campinas e Região, explica o que levou os trabalhadores a encerraram a greve apenas após a decisão do TRT. “Optamos pelo encerramento uma vez que nossos objetivos foram alcançados. Tivemos um grande sucesso no TRT, com decisão unânime, a empresa já havia pago a parcela da PLR, e por isso encerramos a paralisação”.
Com a decisão, os funcionários que aderiram à greve não terão os dias de paralisação descontados do pagamento referente ao mês de fevereiro. A segunda parcela da PLR, no valor de R$ 4 mil, deverá ser paga no mês de maio. O diretor não descarta novas paralisações caso o problema volte a se repetir. “Risco de paralisação sempre há. Com a gestão atual da empresa, podemos ter novas paralisações. Temos também em maio a nossa data-base, e isso nos deixa em alerta, sem contar qualquer tentativa de privatização que possa ocorrer.”
Segundo o Sindicato, dos 2.500 trabalhadores da Sanasa, 1.500 aderiram à paralisação, mas os setores essenciais não tiveram as atividades interrompidas, e o abastecimento e atendimento ao público não foram prejudicados.
A Sanasa informa que a greve não causou grande impacto nas atividades, e que até segunda-feira todos os serviços estarão normalizados. A empresa gastará no total mais de R$ 17 milhões para efetuar o pagamento das PLRs a todos os trabalhadores.
