O procurador-geral da República, Rodrigo Janot encaminhou ao supremo tribunal federal a abertura de um inquérito para investigar o deputado federal eleito por Campinas, Carlos Sampaio, do PSDB, por tentar esconder dados no chamado mensalão mineiro da CPI dos Correios, em 2005. Além dele, o senador mineiro Aécio Neves, do PSDB e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, do PMDB, também devem ser investigados. O pedido de inquérito se baseia na delação premiada do senador Delcídio do Amaral, que foi presidente da CPI dos Correios há 11 anos.
O ex-líder do governo no senado, disse na delação que o Banco Central possui os dados corretos e teria condições de apontar a maquiagem. Delcídio afirmou que não sabe quem foi o responsável pela maquiagem dos dados, mas garantiu que outros parlamentares também sabiam que esses dados estavam sendo manipulados, podendo citar os deputados Carlos Sampaio e Eduardo Paes, atualmente prefeito do Rio.
Em nota, o deputado Carlos Sampaio afirmou que o pedido de abertura de inquérito policial pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é um procedimento corriqueiro do órgão. Quanto à menção específica de seu nome, Carlos Sampaio afirma que não foi acusado, pelo senador, de qualquer ilegalidade, já que o mesmo, ao final de seu depoimento, limitou-se a dizer que ele poderia ser apontado como um dos deputados que teriam ciência de que o Banco Rural sonegou dados à CPI de forma propositada. O deputado federal disse ainda que na CPI dos Correios, solicitou o indiciamento do então presidente do PSDB nacional, senador Eduardo Azeredo. Carlos Sampaio informou que Espera que o senador Delcídio do Amaral não tenha agido em represália pelo fato de, em 2014, ter pedido a instauração de inquérito policial contra o mesmo e também a sua cassação no Conselho de Ética do Senado.
Agora, cabe ao ministro Teori Zavascki, relator da operação Lava Jato no STF, autorizar que as investigações sigam em frente.