Os casos de vandalismo nos ônibus de Campinas já chegam a 75 em 2016 e a soma até dezembro deve seguir a tendência de alta dos últimos anos. Entre 2014 e 2015, os danos dentro dos coletivos urbanos cresceram 119,4% e os gastos das empresas chegaram a R$ 2,8 milhões.
Quem trabalha todos os dias ao volante confirma a situação. Com medo de se identificar, o motorista conta que o problema é antigo na cidade. Ele explica que os estragos são mais comuns nos finais de semana e diz que foi alvo de vândalos quando passava pela Rodovia Anhanguera.
Entre os passageiros, também não é difícil encontrar quem se sinta afetado por algum ato de vandalismo. É o caso de Viviane Santos. Ela mora próximo ao Terminal Padre Anchieta e viu quando um veículo da linha que mais usa foi apedrejado. Para ela, falta conscientização:
O diretor de comunicação da Transurc, Paulo Barddal, afirma que as empresas concessionárias já sabem quais são os bairros mais críticos. Ele diz que os pontos são de conhecimento das autoridades e alega que os prejuízos com danos podem ser repassados para a tarifa, que hoje é de R$ 3,80. As ocorrências mais comuns acontecem em bairros distantes da cidade e durante eventos, como jogos de futebol, festas e também feriados.
