Para fugir da cobrança do estacionamento no Hospital Celso Pierro, em Campinas, motoristas procuram vagas nas vias ao redor da unidade. Eles reclamam do valor das taxas e da falta de opções e preferem arriscar, mesmo sujeitos a furtos e roubos.
João Ramos lia um jornal enquanto esperava a esposa. Ele diz que o valor poderia chegar a 12 reais se o atendimento durasse mais de duas horas. Por isso, preferiu ficar do lado de fora do hospital e criticou a medida adotada pela PUCC desde o dia primeiro de maio.
Os dois lados da Avenida John Boyd Dunlop ficam ocupados, principalmente nas marginais, onde flanelinhas vigiam os veículos. A procura é tanta que algumas ruas vizinhas também servem como alternativa. Um dos exemplos é a Rua Valdomiro Teixeira do Nascimento.
No local, alguns veículos são deixados em um balão, ou sobre a calçada. O local oferece risco de roubos e furtos, como conta Fernando Bezerra. Ele já foi vítima da ação dos bandidos duas vezes meses antes do início da cobrança. Agora, com medo e sem querer gastar, utiliza ônibus.
Em nota, a PUCC informou que o estacionamento gera custo para manutenção e por isso foi necessário o controle do acesso. A instituição ainda voltou a defender que a medida amplia a segurança, já que inibe a circulação de veículos sem vínculo com a unidade.
Por fim, alega que o local conta com uma ampla rede de transporte público, que permite a chegada de pessoas por outros meios. A Emdec informou que não há restrição de estacionamento no acesso da John Boyd ao Jardim Ibirapuera, que fica ao lado Hospital Celso Pierro.