Entre os 16 presos na operação contra o núcleo do crime organizado no interior de São Paulo, estão os responsáveis pelo controle financeiro e pela articulação jurídica e de inteligência na região de Campinas. Eles integram a facção que atua em todo o território paulista e foram detidos em endereços apontados pelo Ministério Público.
Ao todo, 20 mandados de prisão foram cumpridos em conjunto com o Baep da PM. As ações aconteceram em nove cidades, sendo sete na Região Metropolitana de Campinas. Em Hortolândia e Santa Bárbara d’Oeste, dois alvos morreram após trocarem tiros com os policiais militares.
Em Indaiatuba, um homem conhecido como “Angolano” foi preso. Ele é apontado como peça importante no controle financeiro do grupo. Na casa dele, dinheiro em espécie, pendrives e planilhas foram apreendidos. O promotor do Gaeco, José Cláudio Tadeu Baglio, considerou as ações um sucesso e disse que a intenção era desestabilizar o comando do interior da facção criminosa que atua em São Paulo e outros estados.
Já em Monte Mor, segundo o promotor, foi detido o responsável pelo contato e pela articulação entre os criminosos e os advogados. Chamado de “Doutor”, ele ainda cuidava da inteligência do bando no estado. Formado em Teologia, o investigado tem quatro livros publicados e ainda teria como função a manutenção de equipamentos eletrônicos, como câmeras de monitoramento de segurança de imóveis da facção.
Além das prisões, 29 mandados de busca e apreensão foram cumpridos e resultaram na apreensão de fuzis, carros, computadores, planilhas financeira, 60 mil reais em dinheiro e ainda tijolos de maconha e craque. Todos os materiais foram levados para o Quatro Distrito Policial de Campinas, onde a ação foi concentrada e todos os investigados foram apresentados. Dois alvos que não foram encontrados seguem foragidos.