Na busca por comodidade e conforto com a chegada do período mais frio do ano, é preciso ficar atento para que o chuveiro e o aquecedor elétrico não tenham o mesmo impacto, ou até maior, no orçamento doméstico. O chuveiro representa 30% do consumo de energia de uma residência no frio, enquanto o ar-condicionado equivale a 18% no verão. Ou seja, nessa época do ano, a conta de luz pode ficar mais cara.
Assim como o ar condicionado no calor, o chuveiro elétrico é o principal responsável pelos gastos no frio, tanto de energia quanto de água. De acordo com o professor do núcleo interdisciplinar de planejamento energético da Unicamp, Ennio Peres da Silva, o chuveiro no modo inverno, em média dobra o consumo de energia elétrica. Ele explica que para manter o mesmo valor na conta, a pessoa teria que reduzir pela metade o tempo de banho.
Neste cenário, sempre surgem as discussões sobre fontes de energia alternativas, como a energia solar e eólica. Porém a tecnologia atual ainda inviabiliza a instalação desses equipamentos em grande escala nas cidades. O professor da faculdade de engenharia elétrica e de computação da Unicamp, Ernesto Ruppert Filho, disse que os componentes ainda são muito caros e inacessíveis para grande parte da população. Ele afirma que o desafio do setor é buscar uma maneira para baratear o custo da instalação destas tecnologias.
Segundo estimativas da Agência Nacional de Energia Elétrica, um banho quente com duração de 30 minutos consome entre 2 e 3 kW/h, o que significaria um custo mensal de pouco mais de R$ 36 no estado de São Paulo.