Os dois sócios da empresa RMC, responsável pelos exames de ressonância magnética do Hospital Vera Cruz, prestaram depoimento na Polícia Civil de Campinas, nesta quarta-feira. O trabalho faz parte da segunda fase do inquérito policial, onde as autoridades pretendem identificar quem foram os responsáveis pela morte de três pacientes que passaram pelo procedimento no final do mês de janeiro.
O advogado Carlos de Araújo Pimentel Neto, que representa uma das vítimas, afirmou que os sócios da empresa, Adílson Prando e José Luis Marins, foram indiciados por homicídio doloso, quando há a intenção de matar, fraude processual e quebra de sigilo médico. O advogado que representa a RMC, Ralph Tórtima, negou que os sócios da empresa foram indiciados, mas não descartou a possibilidade. O delegado responsável pelo caso, José Carlos Fernandes, não gravou entrevistas, mas informou que os sócios da RMC ainda não foram indiciados.
Além de Adílson Prando e José Luís Marins, a polícia ouviu ainda o médico Marco Marins, filho de um dos sócios da empresa e que trabalha na RMC. A também médica e filha de Adílson Prando, Patrícia Prando, deverá ser ouvida nesta quinta-feira. O delegado José Carlos Fernandes informou que assim que os depoimentos acabarem, será convocada uma entrevista coletiva para divulgar os detalhes da investigação. Na segunda-feira, a polícia deve ouvir também a enfermeira chefe da RMC, Taís Marcondes.
Os três pacientes morreram depois que uma auxiliar de enfermagem injetou por engano a substância perfluorocarbono na veia dos pacientes, ao invés de soro fisiológico. Em contato com o sangue, o produto provocou uma embolia gasosa, que matou os pacientes.
