Campinas tem 330 famílias que recebem acompanhamento da assistência social, devido abuso sexual de crianças e adolescentes. Neste ano, a média mensal de notificações por suspeita do crime foi 40 casos. No ano passado, a média foi 25 denúncias, segundo informações da prefeitura.
A psicóloga e coordenadora de Proteção Social Especial de Média Complexidade da Secretaria de Assistência, Maria Angélica Bossolani, comenta os números e diz que apesar de ter se verificado este aumento, a quantidade de famílias nesta situação pode ser ainda maior.
A dificuldade de mapear os casos se dá pela falta de uma delegacia especializada no crime. A própria Secretaria Estadual de Segurança não tem números dos casos em Campinas, pois há descentralização das ocorrências. A psicóloga comenta esta deficiência, que reflete num acompanhamento inadequado às famílias.
Até o dia de 18 de maio, algumas atividades de conscientização do assunto acontecem em Campinas, já que esta é a semana de Enfrentamento e Combate à Exploração Sexual. Na sexta-feira (17/05), um ato público será realizado durante todo o dia na praça Rui Barbosa, atrás da Catedral.
A Rota das Bandeiras também realiza até o sábado (18/05), uma campanha. A distribuição de panfletos e brindes acontece em duas praças de pedágio: na Rodovia Professor Zeferino Vaz em Paulínia e na Dom Pedro I. O Gestor de Responsabilidade Social da concessionária, Adherbal Vieira da Silva, explica que estes locais são pontos que merecem atenção, dado risco de abuso e exploração de crianças e adolescentes.
Tanto a prefeitura como a concessionária destacam a importância das denúncias. Elas podem ser feitas pelo Disque 100 ou o telefone do Disque-Denúncia: 3236-3040. Outros canais são os Conselhos Tutelares e delegacias.