A proposta do Governo Federal de ampliar o tempo do curso de medicina de seis para oito anos pegou as Universidades de surpresa. Pela medida, nestes dois anos a mais, os estudantes, tanto de faculdades públicas como particulares teriam que trabalhar no SUS, em troca de uma bolsa. Os reitores e responsáveis pelas faculdades dizem não terem sido consultados sobre a medida. Tal postura faz com que a projeto seja classificado como autoritário e desnecessário.
As palavras foram ditas pelo diretor da área de Ciências Médicas da Unicamp, Mário Saadi. A Universidade de Campinas é uma das principais do país e referência na área de saúde. Saadi também acredita que a medida é precipitada e não concorda com o governo, pois acredita que o período de estudos do aluno já é longo.
Embora contrário, o diretor defende uma adequação para alunos das instituições públicas. Ele acredita que o ideal seria que estes estudantes retribuíssem os estudos com serviços à população.
A Puc-Campinas que é referência entre as faculdades particulares de medicina também se posicionou. Para a Reitora, Ângela Engelbrecht, aumentar em dois anos o curso impacta na formação de algumas especialidades. Ela concorda com o diretor da Unicamp, sobre a falta de diálogo com as instituições.