Contrariando uma deliberação do Conselho de Saúde da cidade, que pede a municipalização do Hospital Ouro Verde, a Prefeitura de Campinas anunciou a prorrogação do convênio com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, responsável pela gestão da unidade. A renovação por mais dois anos, segundo o secretário de Saúde Cármino de Souza, leva em conta não só a garantia do atendimento à população, como também a manutenção do emprego de 1,5 mil funcionários.
A medida, porém, segue na contramão de uma recomendação feita pelo Conselho de Saúde desde 2010, que pede que a administração do hospital seja exercida completamente pelo município. Atualmente, isso acontece em sistema de cogestão. Para o secretário de Saúde, no entanto, o Executivo ainda não pode assumir completamente o comando do complexo porque o processo, além de demorado, poderia gerar impactos na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Mas para o presidente do Conselho de Saúde de Campinas, José Paulo Porsani, o ideal seria a prorrogação de maneira provisória para que a municipalização fosse realizada. Segundo ele, o comando da unidade deveria ser feito pelo Hospital Mário Gatti. Além da renovação do convênio a partir de setembro, a Prefeitura de Campinas também espera anunciar em 90 dias o término da reforma de parte do hospital, o que vai colocar em operação outros 20 leitos, totalizando 220.