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Indústria automotiva se fortalece e absorve mão-de-obra

Os investimentos no setor automotivo na Região Administrativa de Campinas somam R$ 3,14 milhões de reais, segundo dados deste ano, da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade, a Investe SP. São computadas nove empresa do ramo, que juntas devem gerar até 2015, 6,2 mil empregos diretos. Entre elas, estão as montadoras da Honda instalada em Sumaré e a Hyundai, em Piracicaba.

Na cidade de Sumaré, a montadora é a grande responsável, inclusive, pela posição do município como um dos que mais recebeu investimentos privados, de acordo com pesquisa do Seade. A capacidade de produção é de 120 mil veículos por ano, em dois turnos, trabalhando com esquema de hora extra. Já a Hyundai abriu neste segundo semestre o terceiro turno na fábrica em Piracicaba. Foram contratados mais de 700 trabalhadores, chegando a 2.600 funcionários.

Esse aquecimento na geração de emprego através do setor automotivo fazem com que mão de obra seja importada, como comenta o executivo de uma empresa de recrutamento de Campinas, Caio Arnaes. Ele fala que apesar da qualificação na região, ainda há déficit de profissionais.

Na contramão da geração de empregos no ramo automotivo, quem fabrica para as fábricas tem um cenário bem menos positivo. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, os produtos nacionais são menos atrativos, já que os internacionais custam cerca de 40% menos. No ramo automotivo, quase a totalidade das máquinas da linha de produção são importadas. Isso fez com que nos últimos anos, em média, uma indústria de máquinas de 50 funcionários fechasse por dia no Brasil.

Além da diminuição dos postos de trabalho, o impacto segundo o diretor regional da Abimaq, Valter Furlan, é a desindustrialização do país. Ele comenta a questão da tecnologia nacional e fortalecimento das montadoras, que embora não contribuam para estabilidade no ramo de maquinário, são eficientes em cobrir a falta de emprego.

Apesar desta compensação nos postos de trabalho, Furlan destaca que este não é modelo ideal, mas sim defende a união de forças entre os ramos. Ele destaca o fator tributário como um dos problemas para que haja esta relação.

Outro fator que tem grande impacto na indústria de máquinas, de bens capitais é o preço do dólar. Quanto mais alto, menos competitivas as empresas internacionais se tornam. A previsão de que o dólar chegue entre R$ 2,30 e R$ 2,60 no fim deste ano é vista com otimismo, mas ainda não se projeta o impacto que isto pode ocasionar no setor.

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