Um estudo desenvolvido pela Universidade de São Paulo na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba, apontou que em áreas com poucas árvores, a temperatura pode ser até 3ºC maior do que em locais arborizados. A pesquisa comparou temperaturas registradas na região central da cidade e no campus da instituição de ensino, que tem 54% de sua área com cobertura vegetal.
No dia mais quente avaliado, por volta das 15h, a temperatura chegou a 39ºC no Centro de Piracicaba, onde a vegetação cobre 10% da região pesquisada. Já na Esalq, com mais árvores, nas mesmas data e hora a temperatura máxima registrada foi de 36ºC. Para o pesquisador da USP responsável pelo estudo, Diorny da Silva Reis, a análise dos perfis térmicos das duas áreas evidencia o efeito amenizador proporcionado pela presença maciça da vegetação. Segundo ele, a urbanização é uma das prováveis causas do aquecimento do planeta.
O trabalho foi feito em parceria com o Centro de Métodos Quantitativos do Departamento de Ciências Florestais da Esalq e o Departamento de Ciências Ambientais da Universidade de Guelph, do Canadá.
