Um dia após a paralisação de funcionários da empresa MW, responsável pelas tubulações do novo terminal de passageiros de Viracopos, as obras no local continuaram normalmente nesta quarta-feira. Segundo os trabalhadores, havia a possibilidade de greve geral porque eles estariam insatisfeitos com a dispensa dos manifestantes da terceirizada que cruzaram os braços.
A concessionária Aeroportos Brasil, porém, negou que isso tenha acontecido e alegou que a paralisação atingiu 300 dos 8 mil funcionários e que os trabalhos não foram interrompidos. A ameaça de paralisação acontece pouco antes da data-base da categoria e após a confirmação da administradora de que o novo prédio vai funcionar parcialmente durante a Copa do Mundo. Das três salas de embarque, uma estará pronta durante o evento e apenas a companhia portuguesa TAP e sete seleções usarão a estrutura.
Apesar disso, a responsável pelo terminal garantiu que todas as instalações vão estar prontas em 11 de maio e justificou que o uso de um terço das salas foi uma escolha das companhias que preferiram fazer as transferências de voos de forma gradativa. Mas para Gabriela Macedo, que aguardava um voo para Fortaleza no terminal atual, o fato da obra não ser usada por todos durante a Copa é reflexo da falta de planejamento. Já Luiz Antônio, que ia para Pernambuco, traça um paralelo com outras obras que ainda continuam pelo País há poucos meses do Mundial.