Quatro cidades da região de Campinas e Piracicaba que adotaram racionamento registram, juntas, uma economia mensal de mais de 420 milhões de litros de água. Isso seria suficiente para abastecer com tranquilidade a população do distrito de Sousas, em Campinas, que tem cerca de 25 mil habitantes. Em Saltinho, Cordeirópolis, Nova Odessa e Valinhos a medida de racionar tem sido intensificada e os números refletem em menos água saindo dos reservatórios.
Cordeirópolis tem rodízio desde abril, com diminuição do consumo em 30%. Em Saltinho o racionamento é rigoroso: a população recebe água por apenas três horas. A economia é de 20%. O reservatório que duraria quatro meses, sobrevive a quase sete. Sem as chuvas, no entanto, racionar não é suficiente. A coordenadora do setor de Comunicação, Camila Bill, explica que município conta com a colaboração de cidades vizinhas e parceiras para o transporte por caminhão pipa.
Outra cidade que ampliou o racionamento foi Nova Odessa. A medida começou no início de julho com abastecimento suspenso por oito horas. Em menos de 20 dias, passou a ter mais rigor e hoje a população fica por 13 horas sem água. A economia diária é de 2,5 milhões litros.
Cleusa Leitão mora na Vila Costina II em Valinhos, onde também há racionamento. Ela diz que já se adaptou com medida. Vivian Jacolme Rocha mora na Vila Pagano, mudou a rotina e aprova o racionamento.
Valinhos foi a primeira cidade a adotar o racionamento na região. O município também reforçou a medida ao longo dos meses. Atualmente, 9,5 milhões de litros de água por dia deixam de sair para o abastecimento. Uma redução de 25% do consumo.
