As férias na Unicamp reduziram as vendas do comércio no distrito de Barão Geraldo, em Campinas. As aulas do segundo semestre foram adiadas para o dia primeiro de setembro devido à greve de professores e funcionários. A paralisação dos docentes foi suspensa depois de quase 70 dias, mas fez com que as notas dos primeiros seis meses não fossem lançadas totalmente. Com isso, o mês de agosto será destinado às reposições e os comerciantes ainda se preocupam com a retomada parcial do movimento.
Dona de uma lavanderia, Luciana Lemes conta que desde o mês junho, durante a greve, a diminuição nos pedidos foi percebida. O estabelecimento fica na Avenida Romeu Tórtima, próximo a duas entradas do campus, e registrou queda de até 70% nas vendas. Na mesma galeria, o restaurante de Sheila Albino, que também depende dos estudantes, teve queda no faturamento. O sócio de outro restaurante no distrito, Luciano Vitullo, calcula a redução em 30%. Ele também atribui o início da queda à greve dos funcionários da universidade.
Parados por mais de dois meses devido à decisão de reajuste zero do Conselho dos Reitores das Universidades Paulistas, os orofessores da instituição aceitaram a proposta de abono de 21% da reitoria. Mas até a negociação da campanha salarial, prevista para setembro, o estado de assembleia permanente está mantido. Caso não haja acordo, a paralisação pode ser retomada.