O Ministério Público de Vinhedo informou que existe a possibilidade de prescrição do inquérito que apura a morte da adolescente Gabriela Nichimura, de 14 anos, por causa da exclusão do ex-presidente do Hopi Hari, Armando Pereira Filho, do processo criminal. Segundo o promotor Rogério Sanches Cunha, o inquérito tem de ser concluído até maio de 2016. O problema é que a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo em retirar o ex-presidente do parque temático do inquérito vai atrasar o processo, já que a promotoria anunciou que vai recorrer da decisão. Gabriela Nichimura morreu depois de cair de uma altura de 25 metros do brinquedo conhecido como a Torre Eiffel, no dia 24 de janeiro de 2012. 12 pessoas foram indiciadas, mas além do ex-presidente, um ex-diretor também foi excluído por decisão judicial.
De acordo com o promotor de Vinhedo, Rogério Sanches Cunha, existe uma preocupação grande com os prazos, já que mesmo se a decisão judicial for revertida e os dois excluídos voltarem a responder como réus, o andamento do processo já foi prejudicado. Segundo a justiça, a exclusão do ex-presidente do Hopi Hari do processo aconteceu porque no entendimento da maioria dos desembargadores, o acidente aconteceu pela falta de responsabilidade e cautela dos funcionários do parque. Segundo o promotor Rogério Sanches Cunha, é impossível não responsabilizar os executivos que foram retirados do processo. Ele afirma que os funcionários envolvidos cumpriram e executaram as ordens que vieram da então diretoria do parque.
A decisão de excluir o ex-presidente do Hopi Hari do processo foi tomada nesta segunda-feira, por dois votos a um, na 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.
