Campinas tem cerca de 165 mil cães e gatos, segundo a Organização Mundial da Saúde. Estima-se que 10% destes animais estejam abandonados. Uma realidade que mobiliza pessoas como Ana Carolina Pimenta que há sete anos se dedica ao cuidado e proteção dos animaizinhos de rua. No ano passado, criou em Campinas “Amor de Bicho”, que reúne outras pessoas dispostas a transformar uma realidade. Resgatam cães e gatos, com esperança de que sejam acolhidos em lar. Com o trabalho, centenas de animais já passaram por essa transformação.
Esse processo de tirar da rua, cuidar e depois levar o animal para doação exige tempo e dinheiro. Muitos animais estão feridos quando resgatados e precisam de um veterinário. Destaca-se o papel das empresas privadas, nesse caso as clínicas veterinárias. Profissionais solidários abrem mão do lucro ou de parte dele, para ajudar.
Viviane Lima de Oliveira é uma das veterinárias que colabora com a casa. Desde o juramento na faculdade sabe da importância do auxílio aos animaizinhos. Hoje, é proprietária de um pet no bairro Castelo. Faz o atendimento de particulares, com os preços do setor. Mas, para transformar a realidade do abandono de cães e gatos, também disponibiliza, a castração com preço de custo.
A castração é uma das políticas públicas do departamento de proteção animal de Campinas, que foi criado recentemente, na Secretaria do Verde. A média de animais castrados pela prefeitura é de 100 por mês. O secretário da pasta, Rogério Menezes, reforça a importância da ajuda de particulares que impulsiona esse número.
Essa ajuda da sociedade mobiliza também clínicas nos tratamentos mais complexos e até em internações que os animais regatados possam precisar. Carolina Vital é dona de clínica veterinária e parte do atendimento que ela faz é para esses animaizinhos, os procedimentos saem mais baratos. Ela quer ajudar a transformar o cãozinho ou gatinho de rua, em um bichinho de estimação, com casa e família.
Com essas ações, o perfil empreendedor social se destaca. Brenda Vasques que é economista e especialista no assunto reforça a visão desses profissionais, que cada vez mais têm olhado para a sociedade e até servem de inspiração.
Além das ajudas particulares e de empresas, Campinas tem pelo menos 10 entidades com trabalho ativo na proteção animal, as ONGs. Projetos desenvolvidos no departamento público preveem um mapeamento dos cães e gatos da cidade. As políticas que estão em andamento são de microchipagem e guarda consciente dos animaizinhos.
