Os números de julho e agosto de 2014 mostram que as notificações de dengue em Campinas estão caindo, mas ainda preocupam os setores da Saúde Municipal. São 124 casos, contra 1,2 mil em junho e mais de 10 mil em maio. Durante a maior epidemia da história, o pior mês foi abril, com quase 20 mil. Ao todo, são quase 41 mil registros.
Mesmo com a redução, os últimos dois meses ainda são considerados alarmantes, já que várias regiões ainda registram transmissões e o normal no inverno é que o índice não ultrapasse 50. Segundo a coordenadora do programa de dengue da cidade, Andréa Von Zuben, o início do novo ciclo da doença tem que ser usado para evitar o crescimento durante o verão.
Para o membro do Conselho Municipal de Saúde, Gerardo Mello, faltou iniciativa da Prefeitura no período anterior da dengue. Para ele, os erros resultaram na epidemia em Campinas e não podem ser repetidos. Diante dos resultados, o Conselho, os Centros de Saúde e a Prefeitura traçam novas medidas e estratégias para o próximo ano. A intenção é ampliar o combate aos criadouros em terrenos e quintais e intensificar a prevenção e a divulgação comunitária.
De acordo com a coordenadora do CS do Jardim Paranapanema, Márcia Amaral, os esforços não envolvem somente a Saúde, mas também outros setores e pastas. No primeiro semestre, setecentas notificações e uma morte foram registradas na área da unidade, que fica na região sul e que teve 5,8 mil casos durante a epidemia. A região noroeste, com mais de 10 mil, e a sudoeste, com cerca de 9 mil, tiveram os piores resultados.
