Apesar das reclamações sobre a falta de vagas para carros e os reflexos no trânsito, a coleta de lixo mecanizada continua no Cambuí, em Campinas. Mas além das adaptações viárias, a rotina dos moradores e funcionários dos condomínios do bairro também passa por mudanças desde a implantação no dia 12 de agosto.
Nos prédios de Wagner Raffi e Cláudio Panzatto, por exemplo, o depósito dos restos orgânicos nas caçambas nas ruas é feito pelas faxineiras. Com isso, as tarefas das trabalhadoras aumentam e o descarte individual do lixo passou a ser feito em horários determinados.
Para o presidente do Sindicato Regional dos Trabalhadores de Edifícios e Condomínios, no entanto, o fim da coleta de porta em porta expõe problemas trabalhistas. Além da limitação de peso para as funcionárias, Valdir Lucas Pereira faz um alerta aos condomínios sem as trabalhadoras, ou que preferem utilizar a mão de obra dos porteiros para a função.
Como solução, o especialista em condomínios Márcio Rachkorsky, sugere a adaptação dos horários dos moradores e funcionários, ou a contratação para os que não contam com os trabalhadores. Mas para ele, o ideal seria a alteração de costume dos residentes. A nova coleta no Cambuí ainda passa por expansão gradual e envolve o perímetro entre as avenidas Orosimbo Maia, Norte-sul e Francisco Glicério.