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Plebiscito não deve alterar índice de violência no Campo Grande e no Ouro Verde

O índice de criminalidade registrado nas regiões do Campo Grande e do Ouro Verde em Campinas tem sido responsável pelo aumento da sensação de insegurança da população que mora e trabalha no local. 54% dos assassinatos registrados na cidade neste ano aconteceram nas duas regiões. O mapa da violência, disponibilizado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, indica que em 2014, dois dos quatro latrocínios ocorridos em Campinas aconteceram no Ouro Verde, que também concentra 25% do total de roubo de carga, além da chacina de janeiro, que deixou 12 pessoas mortas. O Campo Grande registra 8% dos detidos por tráfico de drogas, 15% dos roubos de cargas e 19 assassinatos.

Por causa desses números, a população das duas áreas afirma que convivem com o medo. No Campo Grande as pessoas afirmam que estão assustadas com a violência. No Ouro Verde, a situação não é diferente.

Nas eleições de outubro, a população de Campinas vai decidir se as regiões do Ouro Verde e do Campo Grande serão transformadas em distritos, através de um plebiscito. Os defensores da ideia acreditam que isto facilitaria a busca por investimentos em todas as áreas da administração, como por exemplo a segurança pública. Mas o professor de direito da PUC-Campinas e especialista na área, Marcelo Monteiro, acredita que isso não vai trazer reflexo algum nos índices de criminalidade. Segundo ele, caso os distritos sejam criados, as subprefeituras não terão poder de decisão e nem autonomia financeira.

O plebiscito acontece no dia cinco de outubro, juntamente com as eleições. Todo o eleitorado de Campinas, depois de votar nos candidatos a deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente, terá de responder a duas perguntas sobre a criação dos distritos do Ouro Verde e do Campo Grande. O eleitor deverá digitar o número 60 se votar sim ou 30 se votar não.

 

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