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Índice de atropelamento na RMC é maior do que na Grande São Paulo

Um levantamento realizado pela secretaria de estado da saúde apontou que a região de Campinas registrou em 2013 um índice maior de óbitos por atropelamentos do que a Grande São Paulo. Em números absolutos, a Região Metropolitana da Capital registrou 722 casos, enquanto na RMC foram 172 mortes. Mas levando-se em consideração a população das duas áreas, cerca de 20 milhões de habitantes na Grande São Paulo e três milhões no interior, o percentual de vítimas em Campinas é maior. No total, na região da capital, o,oo3% da população morreu vítima de atropelamento em 2013. Já na RMC, este índice é de 0,005%. De acordo com o diretor operacional do grupo de resgates e atenção às urgências e emergências do estado, Ricardo Vanzetto, os números da região de Campinas são altos e preocupantes.

O maior número de ocorrências foi registrado nos perímetros urbanos, mas segundo Ricardo Vanzetto, o índice de atropelamentos em rodovias cresceu no período. Em Campinas, importantes rodovias, como a Anhanguera e a Campinas-Mogi Mirim, têm pontos de travessias, com passagem aberta no canteiro central, para a passagem de pedestres. Em alguns desses trechos, não há passarela disponível, e a população que precisa circular pelo local, é obrigada a colocar a própria vida em risco. Esse é o caso da copeira Andréa Aparecida, que atravessa diariamente a rodovia Campinas – Mogi.

Já no perímetro urbano das cidades, a situação também é complicada. A necessidade de cumprir prazos, chegar no horário e comparecer em compromissos, acaba deixando parte da população displicente em relação a própria segurança nas ruas, segundo o médico Ricardo Vanzetto. O forte aumento da frota de veículos na última década também contribuiu para a elevação do índice de atropelamentos. O aposentado Mário Roberto dos Anjos ficou surpreso ao saber que os números de Campinas são piores do que os apresentados pela Grande São Paulo.

O médico do grupo de resgates do estado, Ricardo Vanzetto, acredita que a educação no trânsito é outro fator questionável, já que uma parcela da população acaba não respeitando o que determina a legislação. Os registros de pessoas que não atravessam as vias nas faixas de pedestres ou daquelas que se arriscam nas estradas, preferindo enfrentar o tráfego ao invés de usar as passarelas, são comuns tanto em São Paulo quanto em Campinas. Quando questionadas, as pessoas acabam confirmando que deixam de seguir as normas de segurança, nem que seja por breves momentos, como é o caso do técnico em edificações Assis Santos Dumont de Moraes. E é exatamente a questão da educação no trânsito que deveria ser trabalhada pelo poder público junto a população, visando a redução do índice de atropelamentos no estado, como afirma o diretor operacional do grupo de resgates, Ricardo Vanzetto.

O levantamento da secretaria da saúde apontou ainda que foram registradas 9,5 mil internações de pacientes que foram atropelados no estado no ano passado.

 

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