O incêndio que destruiu um galpão de material reciclável no bairro Campo Belo entre a noite de quarta e madrugada dessa quinta-feira em Campinas, causou muitos prejuízos a famílias vizinhas. As casas ficaram muito danificadas, com várias rachaduras nas paredes, além de móveis e utensílios quebrados. Na casa de Marcelo dos Santos Inácio Souza, a parede do banheiro desabou. Ele mora com a mulher, a filha de um ano e o irmão. Lindamares Braga teve que levar toda a mobília para o lado de fora do imóvel, preocupada com a possibilidade de desabamento. Três pessoas que tentaram passar pelo local, na Rodovia Miguel Melhado Campos, tiveram queimaduras. Márcio Souza ajudou a socorrer um motociclista que teve queimadura nas pernas ao passar pela estrada no momento em que o plástico derretido do incêndio escorria pela via. Cristiano Cícero levou um susto ao ver o tamanho do estrago no local onde trabalhava como ajudante geral. O fogo só foi controlado após seis horas de trabalho do Corpo de Bombeiros. Além do rescaldo, que terminou 17 horas após o início do incêndio. No local, de 700 m2, havia cerca de 1 tonelada de garrafa pet e tubos de material plástico. Por isso, a demora nos trabalhos, explica o 1º. Tenente do Corpo de Bombeiros, Elder Corrêa Mortatti. A Defesa Civil fez vistorias nas residências e interditou alguns cômodos, mas autorizou as famílias a retornarem para as casas. O motociclista que sofreu queimaduras está internado no Hospital Mario Gastti e vai precisar de cirurgia no pés, mas não corre risco de morte. A Prefeitura de Campinas informou que o galpão de reciclável estava em situação irregular e não tinha alvará de funcionamento. O responsável pelo estabelecimento estava no local e não quis gravar entrevista, mas negou a situação irregular.
