Um ato de 200 moradores da Nova Conquista e do Residencial Flávia, em Campinas, travou uma das entradas da cidade na manhã desta segunda-feira. A Rodovia Santos Dumont chegou a registrar 10 km de lentidão. Os manifestantes reclamam da demora na construção e liberação de casas populares e pedem a regularização dos terrenos ocupados, que ficam próximos ao bairro Itatinga, na região sudoeste.
O protesto começou por volta de 6h, quando o sentido Campinas da Santos Dumont foi fechado para a passeata. O tráfego foi afetado até a chegada à Avenida Prestes Maia, de onde o grupo seguiu para a Cohab. No local, eles tentaram se reunir com representantes da companhia de Habitação, mas não foram atendidos. Por volta das 10 da manhã, decidiram continuar com o protesto até a Prefeitura de Campinas.
Com faixas, cartazes e um carro de som, eles foram acompanhados pela Polícia Militar e pela Emdec e chegaram a parar nos cruzamentos da Avenida Moraes Salles com a José Paulino e a Francisco Glicério. Na chegada ao Paço Municipal, uma comissão formada por seis pessoas foi recebida pela secretária de Habitação, Ana Maria Amoroso. A imprensa não foi liberada para acompanhar a reunião. Segundo um dos representantes do grupo, William da Silva, as condições do Executivo Municipal não agradaram ao grupo, que contabiliza até mil e quinhentas famílias divididas nas duas áreas.
Além de reclamar da demora na liberação de moradias populares, muitos moradores já possuem cadastro na Cohab, mas alegam que esperam há mais de 20 anos. Outros, dizem que chegaram a quitar terrenos no local. Para falar sobre a reivindicação dos manifestantes e a reunião realizada durante a manhã, a Secretaria Municipal de Habitação foi procurada, mas não respondeu até o fechamento desta reportagem. No início da tarde, ônibus fornecidos pela Prefeitura levaram todos os moradores para os locais das ocupações.
