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População pede decreto de calamidade pública em Itu

No dia seguinte ao ato contra a falta de água que terminou em confusão em Itu, os moradores ainda pedem que o estado de calamidade pública seja decretado. A possibilidade, porém, já foi descartada pela Prefeitura. Nas ruas, são vários os exemplos de dificuldades enfrentadas desde fevereiro, quando o racionamento foi adotado na cidade. Carina Denúncio e Edson Santos enfrentam fila em uma bica e precisam armazenar água.

A maior parte das pessoas também se diz favorável ao protesto realizado em frente à Câmara dos Vereadores nesta segunda-feira, mas reprova a confusão e as depredações durante a manifestação. Pedras, ovos e tomates foram lançados contra o prédio e a Tropa de Choque da Polícia Militar foi acionada. Bombas de efeito moral e balas de borracha foram usadas e cinco manifestantes acabaram detidos.

Além da sujeira, vidros foram quebrados e o presidente da Casa, Marco Aurélio Bastos, do PSD, também foi atingido por um ovo quando se reunia com um grupo de 20 manifestantes. Ele nega omissão da Câmara diante da situação do abastecimento e defende que pessoas com interesses políticos foram as responsáveis pelos estragos no prédio.

Indagada sobre a possibilidade do decreto de calamidade pública, a Prefeitura informou que o abastecimento é feito “por meio de uma empresa particular, que opera com capital próprio”. Segundo a nota, mesmo sem o decreto, foi determinado o uso da “água de áreas particulares, a liberação de uma área para obra emergencial de captação e a proibição de novos loteamentos”. Itu sofre com a seca dos reservatórios desde o início do ano, quando o racionamento foi implantado em meio à falta de chuvas no estado de São Paulo. A restrição, porém, teve de ser ampliada diversas vezes.

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