A má qualidade da água nos pontos de captação na região de Campinas tem obrigado os departamentos responsáveis pelo abastecimento a gastar até 20% a mais no tratamento do produto. Em Campinas, por exemplo, a distribuição está prejudicada, uma vez que a água retirada do Rio Atibaia está com elevado índice de resíduos orgânicos e baixa oxigenação, o que acaba necessitando de um uso maior de produtos para deixa-la potável. O consórcio PCJ e a Agência Reguladora Regional dos Serviços de Saneamento se reuniram com representantes dos municípios, em Americana, nesta sexta-feira para discutir a questão. De acordo com o diretor geral da ARES-PCJ, Dalto Brochi, a situação é complexa, porque as companhias de saneamento estão vendendo menos por causa do racionamento e do incentivo do uso racional de água. Segundo ele, essa medida tem que ser tomada para permitir que as companhias consigam manter o equilíbrio financeiro durante o período seco.
A falta de água já afeta a vida de um milhão de pessoas em 10 cidades da região de Campinas, sendo que oito com o racionamento implantado. Na madrugada desta sexta-feira, Campinas teve o abastecimento de 850 mil pessoas interrompido para a realização de manutenção nas estações de tratamento do município. Em Vinhedo, o racionamento acontece desde novembro do ano passado e já decretou estado de emergência.