Os comerciantes de Campinas estão sofrendo com a falta de água e têm buscado alternativas para minimizar os prejuízos. Donos de estabelecimentos, principalmente aqueles que trabalham com alimentação, estão passando por dias difíceis, com reflexo direto em suas finanças. Quando há o abastecimento, eles aproveitam para armazenar o máximo de água possível, mas mesmo assim a medida não é eficiente. No bairro Castelo, por exemplo, os comerciantes se juntaram e pagaram para receber água de um caminhão pipa.
O dono de um restaurante, Manuel Theodoro, afirmou que o abastecimento nas regiões mais altas da cidade é crítica. Renata Nobre, que tem uma loja que vende bolos no Castelo, disse que está providenciando uma nova caixa d’água para aumentar sua capacidade de abastecimento e manter seu comércio em atividade. O proprietário de uma padaria, Antônio Luís, informou que ficou sem água durante todo o final de semana e a partir de agora estuda a possibilidade de aumentar seu reservatório de água. A dona de um restaurante no Jardim Chapadão, Laila Patrícia, teve de fechar seu estabelecimento por dois dias. Segundo ela, é difícil adquirir água por conta própria, porque o preço do produto subiu assustadoramente.
Com a crise hídrica e a dificuldade da Sanasa em abastecer a cidade, cerca de 250 mil pessoas estão ficando sem água todos os dias.