A Região Metropolitana de Campinas tem avaliação entre média e boa, quando o assunto é a sustentabilidade. As variáveis consideradas nos indicadores são socioeconômicas e ambientais. O levantamento foi feito pelo Instituto Mundo Sustentável. A RMC só não atinge a excelência devido o âmbito do meio ambiente, segundo o economista responsável pela pesquisa, Tairi Gomes. Ele diz, inclusive, que a falta de ações neste aspecto reflete na crise hídrica enfrentada pelos municípios. Para Tairi faltou planejamento dos municípios.
Com os indicadores, o Instituto Mundo Sustentável espera que os órgãos responsáveis passem a fazer mais ações voltadas ao aspecto do meio ambiente, principalmente diante de situações de colapso de abastecimento.
A reportagem questionou o representante da Sanasa de Campinas sobre isso. Aliás, Campinas ocupa a nona posição quando o assunto é a sustentabilidade, segundo a pesquisa. Foi um dos municípios com mais problemas de falta de água, do estado de São Paulo: foram 11 dias de crise. O consultor técnico da empresa municipal de saneamento diz que o trabalho é feito. Sobre problemas recentes de desabastecimento, Paulo Tinel, afirma que não faltou planejamento e que o problema foi mesmo a longa estiagem. Ele até questiona os indicadores de sustentabilidade e diz que o trabalho da Sanasa mira colocar Campinas entre as melhores cidades do país.
No ranking de sustentabilidade, as cinco cidades mais sustentáveis da RMC são Americana, Paulínia, Vinhedo, Jaguariúna, Valinhos. Os municípios com as piores avaliações considerando as variáveis socioeconômicas e ambientais são Monte Mor, Hortolândia, Santo Antônio de Posse, Pedreira e Artur Nogueira.
Numa escala de zero a cem, a RMC teve 62,5 pontos de sustentabilidade. Destrinchando, foram 74,8 pontos pela questão socioeconômica e apenas 52 no aspecto ambiental.
