A indústria química Rodhia foi impactada pela crise hídrica que atinge o estado de São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa, por conta da baixa disponibilidade de água captada no rio Atibaia nas últimas semanas foi necessário adotar um plano de gerenciamento de produção. Isso na prática significou fazer um “revezamento” da produção de algumas das unidades de Paulínia, que exigem maior volume de água.
Nesse momento, de acordo com nota divulgada pela Rodhia, há normalização da disponibilidade de água, com reinício da produção dessas unidades industriais. O processo de repartida será completado até o final desta semana. Em Paulínia, a Rhodia possui 22 unidades industriais, quatro delas fazem parte desse processo de gerenciamento de produção, porque são as que utilizam maior volume de água para resfriar os equipamentos.
O diretor do Sindicato dos Químicos de Paulínia, André Henrique Alves, diz que essa é uma realidade de outras indústrias do setor na cidade. O jeito encontrado foi se adequar a situação, por exemplo, comprando água. Algumas já tiveram férias coletivas.
O diretor do Sindicato critica ações do governo e impacto ambiental, para indústria e moradores das cidades abastecidas pelo Atibaia.
No caso da Rhodia, a empresa reforçou na nota que em torno de 90% da água captada volta para o rio Atibaia, depois de passar por tratamento, sem prejudicar abastecimento das comunidades locais. Para continuar a atender aos clientes, a empresa destaca que administra os estoques formados durante os períodos normais de produção e fez a importação de produtos de outras unidades do grupo no mundo.
A reportagem procurou o Centro de Indústrias do Estado de São Paulo para saber como está a situação em Campinas. Segundo o Ciesp, não há informações formais de suspensão de produção devido a crise hídrica.
