Mesmo com descontos e preços chamativos, as compras devem ser feitas à vista na Black Friday e de preferência em lojas físicas para facilitar a negociação, segundo o professor de Gestão de Finanças e Ciências Contábeis, Flávio Nunes de Almeida. A recomendação também serve para outras ofertas de fim de ano, período no qual os gastos do consumidor médio sobem devido ao pagamento do décimo terceiro salário, o que aumenta os riscos de comprometimento do orçamento para o próximo ano.
De acordo com o especialista, as compras não podem ser feitas somente pelo preço do produto, mas pela utilidade, já que uma parcela com valor baixo pode parecer vantajosa, mas não leva em conta o custo total do esforço financeiro. Para o professor Flávio Nunes de Almeida, é importante que o consumidor saiba que a compra não envolve somente a situação financeira atual, mas também os reflexos futuros no bolso.
Um exemplo são as contas do início do ano, como IPVA, IPTU, matrículas e material escolar, que se somam aos gastos do Natal e podem causar o endividamento. Para o comércio, o professor avalia que a adoção da Black Friday é uma tentativa de reforçar o faturamento, principalmente neste ano, quando os resultados das vendas ficaram abaixo do esperado.