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13 de Maio: de ponto de encontro de jovens a centro comercial

Símbolo do comércio de Campinas, a Rua Treze de Maio, tem uma história rica e importante para a economia e o desenvolvimento da cidade. Considerada um shopping a céu aberto, a Rua teve seu momento de apogeu na década de 80, mas encarou a concorrência com os grandes shoppings. Mesmo durante este período de crise, o comércio da região central focou nas classes C, D e E, sendo responsável por 12% do faturamento do comércio varejista de Campinas. Ao todo, são aproximadamente 110 lojas no centro comercial da cidade, que entre outras ruas, tem o calçadão da Treze como referência.

No final do século XIX, a Treze de Maio já era o ponto central do comércio, com os armazéns, os pontos de vendas dos produtos de alimentação, vestuários e calçados. Hoje, circulam pelo local diariamente cerca de 100 mil pessoas, sendo que em épocas de festas, como o natal, este número passa para 150 mil. Muita gente que hoje circula pela Treze de Maio, lembra com carinho do passado. É o caso dona Mercedes Francisco, que afirma que quando era jovem, tinha o costume de ir até o local para namorar. O aposentado Benedito Campos afirma que sente falta da época antiga da Rua Treze de Maio, quando os preços eram mais baixos e acessíveis. Já Maria Helena Borges disse que se lembra bem da antiga Treze de Maio, mas prefere a versão mais moderna de hoje.

Quem trabalha na Rua Treze de Maio, também sente falta da época em que tudo era mais simples. A via, que fica em frente à antiga estação de trem de Campinas, era parada obrigatória para todos aqueles que chegavam à cidade de trem. Edson Roberto Lunardi, que herdou do pai uma das mais tradicionais lojas da Treze de Maio, a Lunardi Bicicletas, lembra de um tempo em que a população de Campinas frequentava o local à noite apenas para ver as vitrines. Segundo ele, hoje é impossível que isso acontecesse novamente.

A partir da década de 80, com a consolidação dos shoppings centers em Campinas, a Rua Treze de Maio acabou perdendo espaço, mas encontrou forças para sobreviver e ser responsável por boa parte da movimentação financeira na cidade. Segundo o economista da ACIC, Laerte Martins, o fato determinante para que isso acontecesse foi a manutenção de produtos de qualidade com preços baixos. Somente para o natal desse ano, o faturamento do comércio da Rua Treze de Maio deve crescer até 6% em relação ao não passado. A expectativa da ACIC é de que haja uma movimentação financeira de aproximadamente R$ 100 milhões durante o período.

 

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