Funcionários do posto de Saúde do DIC 3, região sul de Campinas, suspenderam o atendimento em protesto contra a falta de segurança. Na última segunda-feira uma enfermeira foi agredida e teve o carro roubado ao sair da unidade por volta de 19h30. Funcionários e conselheiros contam que esta é a segunda vez em quatro meses que os serviços param na unidade pelo mesmo motivo.
Mas segundo o médico da unidade, Francisco Mogadouro, até então nenhum trabalhador havia sido vítima direta dos criminosos. Ele pede atenção da Prefeitura e mais rondas regulares da Guarda Municipal. Ainda de acordo com os trabalhadores, os dois vigilantes particulares contratados não ficam no espaço o tempo todo e não podem lidar com bandidos armados, já que não usam armas em serviço.
A suspensão do atendimento impediu a marcação de consultas até o fim do ano, já que as triagens são feitas toda quarta-feira e também não acontecem nos dias 24 e 31 de dezembro. A entrega e a realização de exames também foram afetadas. Teresa Viana e Marilza Alonso, por exemplo, pediram dispensa do trabalho, mas encontraram o local com faixas e os portões fechados. A coordenadora do posto não quis gravar entrevista.
Já a Prefeitura informou que o reforço da segurança será discutido com o Conselho Local e com os trabalhadores da unidade. Também alegou que pediu reforço nas rondas da GM nos horários de abertura e fechamento. O mesmo foi feito com a Polícia Militar. Também foi solicitada a revisão da iluminação externa e o reparo do alambrado. Uma outra providência em estudo é a instalação de um portão eletrônico no estacionamento e de câmeras de segurança.
