De acordo com os dados da Associação Comercial e Industrial de Campinas, a ACIC, neste período de natal devem circular pelo centro da cidade cerca de 150 mil pessoas diariamente no trecho do calçadão da rua 13 de maio, a principal via do comercio. Em todo o centro expandido esse número chega a dobrar. Para atender toda essa demanda, os únicos banheiros públicos existentes são os instalados dentro do Terminal Central.
Nas lojas e demais estabelecimentos comerciais o pedido para usar o banheiro geralmente é negado. De acordo com Marlene Bucalon , proprietária de uma loja especializada em moda jovem, é comum as pessoas entrarem no local pedindo para usar o sanitário , que é de uso exclusivo dos funcionários. Em nota, o Procon informou que o Código de Defesa do Consumidor não obriga as lojas a ofertar banheiro para os consumidores, mas , também não impede. Também através de nota a Secretaria Municipal de Urbanismo, explicou que a lei não exige a obrigatoriedade de sanitário para os clientes.
A exigência através de lei municipal é para agências bancárias, bares restaurantes e similares. José Adolfo Queiroz, é cliente de uma grande loja de materiais para escritório localizada na Avenida Andrade Neves e explicou que se sentiu humilhando quando a esposa precisou utilizar o sanitário, que foi negado. Em sua opinião os estabelecimentos deveriam ser obrigados oferecer sanitários aos clientes. O taxista Helton Andrade, convive diariamente com o problema da falta de banheiro público. A solução segundo ele é apelar para o bar mais próximo.
O desempregado Luis Silva dos Santos , também já encontrou dificuldade. A mesma situação foi vivida pelo encanador Genivaldo Santana. De acordo com a diretoria da Associação Comercial e Industrial de Campinas, na administração municipal passada foi estudada a proposta da construção de banheiros públicos no calçadão da treze. A manutenção ficaria a cargo da ACIC, porém o projeto foi engavetado e não consta no atual projeto de revitalização do centro da cidade.
