Mais de três meses depois do início das operações do novo terminal, o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, apresenta dificuldades para os passageiros. O transporte e a estrutura são os principais problemas. Ricardo Borges chegou ao novo prédio após uma viagem ao exterior. Ele tinha uma conexão para o Rio de Janeiro no antigo terminal, mas demorou a conseguir orientações sobre ônibus e reclamou das goteiras.
O transporte entre os dois locais acontece porque o novo prédio recebe voos internacionais, mas opera voos domésticos de forma simultânea com o antigo terminal. Com isso, os usuários precisam dos circulares. Os veículos passam por ao menos cinco paradas dentro do sítio aeroportuário. No trajeto, que dura cerca de 10 minutos, várias obras inacabadas podem ser vistas, principalmente em áreas afastadas. A situação se repete para quem usa o edifício-garagem. O lugar ainda tem tapumes, placas improvisadas e póças d’água e não contava com hidrantes. Os elevadores não estavam em operação na manhã do dia 26.
No prédio antigo, no entanto, os problemas de antes se repetem e a principal reclamação de Luis Henrique Pinto é sobre a lotação e as filas. Ele pede a mudança completa para a nova construção. A última previsão da concessionária é de que o antigo local seja desativado até março.Enquanto isso, reclamações são registradas nos dois lugares. Larissa Bills, por exemplo, questiona a operação de voos internacionais no Terminal 1 sem a devida presença de serviços como lanchonetes.
Consultada, a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos alegou que o serviço de transporte interno é gratuito, acontece “a cada 6 minutos e percorre todos os terminais e bolsões de estacionamento”. De acordo com a nota, os locais possuem placas de sinalização, Balcão de Informações e funcionários que “podem orientar sobre o transporte interno e externo”.
Sobre a situação das obras, o comunicado afirma que os trabalhos estão “com aproximadamente 95% do total” e que chegaram a ter 9 mil funcionários em 2014. Hoje, 800 atuam no acabamento interno. Por fim, a assessoria alega que “muitos pontos comerciais devem ser abertos ao longo deste ano” e que há farmácias, cafeterias e uma lanchonete que funcionam nos horários de voos internacionais.
