Campinas teve cerca de 4,4 mil vagas de trabalho fechadas entre janeiro e dezembro de 2014. O resultado foi o pior dos últimos 14 anos e teve reflexo direto na vida de Aldir Boeto e Rafael da Silva. Sem emprego desde o fim do ano passado, os dois recorreram a atividades informais nos últimos meses. Mas sem garantias financeiras, precisaram procurar o Centro Público de Apoio ao Trabalhador.
Aldir, porém, não tem grandes expectativas para o setor de transporte. Cada vez com mais dificuldades, ele pensa em mudar de estado. O possível destino é o Rio de Janeiro, onde mora a filha de seis anos. O problema é que depois de um ano ruim, as expectativas também não são boas para 2015. Atualmente em 6%, a taxa de desemprego deve chegar a 7 ainda no primeiro semestre, segundo a Acic. O pessimismo é comprovado por Aldir, que busca outra chance, mas também conhece muita gente à procura de trabalho.
Mas Rafael da Silva continuava confiante. Há dois meses sem emprego e com dois filhos pequenos, ele conta que essa é a primeira vez que depende de bicos. A intenção é conseguir outra vaga como vendedor. Em meio a isso, a fila no CPAT só crescia. O local oferecia 340 vagas em diferentes áreas nesta quarta-feira. O centro funciona de segunda a sexta das 8h às 18h e o interessado deve comparecer à avenida Campos Sales com RG, CPF, Carteira de Trabalho e número do PIS.