O vibrafone não é um instrumento popular e Roy Ayers não é famoso. No entanto essa parceria deu ótimos frutos. O único problema é como rotular esse som.
Jazz, Funk, Acid Jazz, New Soul, Disco Jazz, Jazz Pop ou a fusão de tudo isso. Todos esses termos são encontrados para classificar a música de Roy Ayers.
Desenvolvido por uma empresa americana no início do século passado, o vibrafone sempre esteve associado a música clássica ou ao jazz. O som das teclas metálicas ganhou mais rítmo nas baquetas de Roy Ayers, além de um apelo popular
Mesmo que isso nunca tenha se refletido nas paradas, algumas músicas até alcançaram boas posições na categoria Rhythm & Blues. O principal exemplo é o maior sucesso dele “ Everybody Loves The Sunshine ”
As aulas de teoria musical aguçaram a vontade de Roy Ayers de exercitar os lados compositor e arranjador. Depois de passar a década de 60 tocando com outros artistas e lançando lp’s cheios de releituras, incluindo vários obras de Tom Jobim, ele decidiu se ariscar em algo mais dançante.
Nascido e criado numa região de Los Angeles onde moravam muitos músicos e de onde saíram grupos identificados com a mesmo proposta, o som da Ubiquity era o único que destacava o vibrafone.
Para um artista acostumado com uma plateia que não atingia números expressivos em termos de qualidade, o americano Roy Ayers tem uma discografia invejável.
Somente na década de 70 ele lançou uma média de mais de um disco por ano. Quase todos levam o nome Ubiquity, que era a banda dele. Sempre formada por músicos que vinham da escola do jazz, ela foi a porta de entrada para muitos jovens que não queriam ficar presos somente a tradição de um gênero que dava pouco retorno na época.
Roy Ayres nasceu em 1940 e agora em 2018 ele completa 78 anos.
O som envolvente do vibrafonista Roy Ayers é o que você acompanha nesta edição do quadro Musica é Cultura
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Produção
Walmir Bortoletto
edição
Paulo Girardi