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Trabalhadores sofrem com forte calor em Campinas

Campinas tem o verão mais quente dos últimos 26 anos. E há unanimidade quando assunto é o desconforto diante de temperaturas médias que passam dos 36°C. Agora, imagine trabalhar sob este sol forte. É caso, por exemplo, de carteiros. Eles falam dos problemas com pele e a dificuldade de hidratação. Inclusive, por estarem em estado de greve os profissionais preferem não se identificar. Entre os motivos da paralisação dos Correios está o calor.

Outra profissão que exige horas embaixo do sol está relacionada à construção civil. Lohana Negreiros auxiliar de segurança de trabalho nas obras do aeroporto de Viracopos. Ela falo do calor principalmente na parte da tarde, que fica ainda pior com as roupas usadas pelos funcionários.

A legislação brasileira faz a classificação dos trabalhos com nível leve, pessoas que trabalham sentadas, moderado, que trabalham sentadas mas, com muitos movimentos ou em pé. A categoria de trabalho pesado, considerando os serviços que exigem grandes esforços. A partir disso é calculado índice que considera também a fonte de calor para saber se ambiente em que trabalho é realizado é adequado à saúde dos trabalhadores.

O promotor do Ministério Público do Trabalho, José Fernando Ruiz Maturana, comenta que conforme o índice aumenta, há necessidade de pausas no serviço. As situações como, por exemplo, no corte de cana, que atividades têm que ser suspensas. Caso o empregador não cumpra os períodos de pausa estabelecidos ou suspenda a atividade, há o pagamento de uma multa. O valor depende do número de funcionários. Também pode ser ajuizada uma ação civil pública contra o responsável.

Não é só quem trabalha no ambiente externo, que está sofrendo com o calor. Desde o início do ano, bancários de agências da região de Campinas têm feito paralisações: O problema é a falta de ar condicionado. O presidente do sindicato da categoria, Jefferson Boava, comenta que as empresas não investem na manutenção do equipamento e o mal estar é sentido pelos funcionários. Por isonomia, estes trabalhadores também tem o direito judicial sobre a condição de trabalho. Na legislação a expressão é “conforto no ambiente”.

A orientação de médicos e especialistas voltada aos trabalhadores é para que respeitem e aproveitem os momentos estabelecidos para descanso. A hidratação também é essencial.

 

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