A expectativa para as vendas de Natal ainda não refletem nos resultados das lojas no centro de Campinas e os comerciantes preferem esperar a chegada de dezembro para permitir que o otimismo prevaleça. Pelas ruas da região da Avenida Francisco Glicério, a palavra de ordem é paciência, já que a previsão é de que o movimento de consumidores só aumente depois da segunda parcela do décimo terceiro salário.
Proprietário de uma loja de roupas na Rua Conceição, Luiz Carlos Guimarães ainda não optou pela decoração natalina. Ele conta que 2015 foi um ano difícil e já sabe a partir de qual data deve ter mais lucro. Os consumidores confirmam a expectativa dos comerciantes. Arlete Reis, por exemplo, explica que está com as contas apertadas e que a ideia é não exagerar na compra de presentes, mesmo após o décimo terceiro.
Para quem vende enfeites natalinos, a realidade também não muda. Apesar de uma ligeira melhora a partir de novembro, a tendência é de que a saída de mercadorias só aconteça poucas semanas antes do dia 25. Gerente de uma loja na Rua Barão de Jaguara, com árvores e luzes de Natal na vitrine, Tamires Andressa explica que os produtos já estão no mostruário desde setembro – estratégia que ainda não surtiu efeito.
Ciente do momento dos lojistas e principalmente dos clientes, Wilson Bizacci vai comprar somente itens necessários. E a situação isenta ele de alguma explicação sobre a compra de um presente mais simples e barato. Ainda presente de maneira tímida pelo comércio, os enfeites de Natal só devem aparecer de forma mais marcante nos estabelecimentos da região central de Campinas a partir da segunda quinzena de novembro.
