O promotor de Justiça da Infância e da Juventude de Campinas, Rodrigo Augusto de Oliveira, pediu explicações às diretorias regionais de ensino sobre a reorganização escolar definida pelo Governo do Estado. Entre os detalhes solicitados estão quais instituições da cidade serão afetadas e a forma como isso será feito, já que o Ministério Público acompanha a situação do número de alunos por sala desde fevereiro. Na época, um inquérito civil apontou que houve superlotação causada pelo fechamento de 150 salas no município, problema resolvido meses depois. Agora, o promotor teme que a situação se repita.
Ainda de acordo com o promotor Rodrigo Augusto de Oliveira, a abertura do inquérito também serve para evitar que o fechamento de escolas e o remanejamento de turmas cause dificuldade para os estudantes. Isso porquê existe o temor de aumento das distâncias entre as casas e os locais de estudo. Questionado sobre as solicitações feitas pela promotoria, o diretor de ensino da região leste, Nivaldo Vicente confirmou que recebeu o documento, mas descartou qualquer chance de superlotação.
Ele defende o plano para o remanejamento e diz que as alterações na cidade não vão fazer com que os limites sejam ultrapassados. Ainda sem dados específicos sobre as escolas envolvidas, o diretor de ensino também nega que alunos terão que estudar longe de casa. Segundo dados da Pasta Estadual de Educação, a escola Professor Sebastião Ramos Nogueira, no bairro São Bernardo, será fechada e repassada para uso do Centro Paula Souza ou da Prefeitura.
