O Tribunal de Justiça de São Paulo bloqueou os bens do prefeito eleito de Piracicaba, Barjas Negri, do PSDB, e da empresa de coleta ambiental Transpolix Transportes Especiais Ltda por improbidade administrativa. A denúncia se refere a gestão do tucano entre 2004 e 2008. A decisão do TJ prevê devolução de R$ 60,4 milhões aos cofres públicos, sendo o prefeito eleito responsável pelo ressarcimento de R$ 30,2 milhões e a outra metade seria de responsabilidade da empresa.
De acordo com a ação, a Transpolix foi contratada para fazer a limpeza pública de Piracicaba em 2001, antes de Barjas Negri assumir a prefeitura em 2004. Já em seu governo, ele teria prorrogado o contrato com a prestadora de serviço por três vezes, sem nova licitação ou justificativa, acumulando um gasto com os trabalhos de R$ 30,2 milhões. No acórdão, 5ª Câmara de Direito Público do TJ considerou que a determinação de indisponibilidade de bens é necessária para garantir a devolução da quantia estipulada aos cofres públicos.
O advogado que representa o prefeito eleito de Piracicaba, Milton Sérgio Bissoli, afirma que vai recorrer da decisão e ressalta que Barjas Negri não foi condenado pelo Tribunal de Justiça. Milton Sérgio Bissoli afirma ainda que não houve irregularidade nas revisões do contrato com a empresa, uma vez que os aditamentos foram assinados com respaldo na Lei de Licitações. A Transpolix Transportes Especiais Ltda foi procurada, mas ninguém da empresa comentou a decisão do Tribunal de Justiça.