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Sepultamento de vítimas da chacina são feitos a cada 15 minutos, em Campinas

Foto: Valéria Hein

O sepultamento das vítimas do atirador que assassinou 12 pessoas durante uma festa de réveillon, bem no momento da virada do ano, em Campinas, acontece nessa manhã no cemitério da Saudade.

Entre a vítimas , a ex-mulher, Isamara Filier, que tinha 41 anos, e o filho do casal, João Vitor Filier, de 8 anos, principais alvos do técnico em laboratório na área de ciência e tecnologia Sidnei Ramis de Araujo, de 46 anos, que pulou o muro da residência onde acontecia a festa e entrou, efetuando os disparos e se matando em seguida.

As demais vítimas são familiares da ex-mulher que comemoravam juntos a passagem de ano.

Os corpos estão sendo velados num clima de muita comoção. Eles seguem de dois em dois para o sepultamento, de 15 em 15 minutos.

O crime ocorreu em um bairro de classe média, na Vila Prost de Souza, próximo ao Shopping Unimart.

Sidnei não se conformava com a separação e deixou uma carta citando sua indignação em relação aos direitos humanos, à mãe da criança e às leis que protegem as mulheres. Em um dos trechos afirma: “tenho raiva das vadias que se proliferam, e muito, a cada dia se beneficiando da lei vadia da penha!”

Escreveu ainda que não se importava em ir para a cadeia, pois teria benefícios como comida, moradia e não precisaria trabalhar, com representantes dos Direitos Humanos o protegendo.

Após o crime, depoimentos de testemunhas contam terem confundido o barulho dos tiros com o de fogos de artifício.

Uma das testemunhas contou ter ouvido
o atirador dizer que ia matar a ex-mulher porque ela lhe tirou a guarda do filho. Depois ouviu a criança falar que ele tinha matado a mamãe e na sequência, após mais dois disparos, o silêncio.

A polícia encontrou com o atirador uma pistola calibre 9 mm com dois carregadores, com número raspado, munições, canivete e dez artefatos explosivos.

O Presidente Michel Temer se manifestou sobre o assunto atrevés do Twitter, afirmando lamentar “profundamente” as mortes ocorridas no município paulista e prestou solidariedade aos familiares das vítimas, pedindo “mais paz” em 2017.

O corpo do atirador será sepultado em outro cemitério, em Jaguariúna.

Duas vítimas feridas continham internadas em hospitais de Campinas e não correm risco de morrer.

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