A tarifa de ônibus no transporte público de Campinas passa para R$ 4,50, a partir de sábado. O aumento é de 18,4%. Atualmente a passagem custa R$ 3,80. O decreto que estabelece esse reajuste foi publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial, sendo justificado pela “necessidade de manutenção do equilíbrio econômico e financeiro do sistema”.
O usuário que utilizar o Bilhete Único Comum terá um desconto de R$ 0,30, pagando R$ 4,20. O passe escolar vai para R$ 1,68 e o universitário para R$ 2,10. Uma alteração que também vai impactar no bolso do trabalhador e dos empregadores é com relação às integrações que são feitas. Hoje o usuário paga apenas uma passagem no período de duas horas caso precise pegar outros ônibus.
Mas com a mudança, a cada integração será cobrado R$ 0,30 do passageiro. No caso, por exemplo, de uma pessoa que tenha o Bilhete Único e que utilize três ônibus para chegar ao trabalho, ela vai pagar R$ 4,20 da tarifa mas R$ 0,60 pelas duas integrações, pagando uma tarifa total de R$ 4,80.
Já para quem usa o Vale Transporte a situação ficará pior. Além de pagar os R$ 4,50, caso faça duas integrações terá que pagar pelos R$ 0,30 cada uma, totalizando uma tarifa de R$ 5,10. Isso só na ida ao trabalho. Ficarão isentos desta cobrança somente os usuários que têm o Bilhete Único Escolar ou Universitário e os usuários da linha 502 – Circular Centro/Linhão da Saúde. A população não se conforma com o aumento.
A notícia do reajuste no transporte vem em um cenário em que muitas pessoas estão desempregadas ou têm receio de perder o emprego. O Secretário de Transportes de Campinas, Carlos Barreiro, afirma que não tinha como manter o valor da tarifa. A prefeitura teve que reduzir o subsídio.
Diante da crise e ainda incertezas, a Secretaria de Transportes só estabeleceu o subsídio para o 1° trimestre que e será de R$ 15 milhões. Depois, tudo vai depender do cenário econômico. Independente disso, a tarifa será mantida.
Logo após o anúncio do aumento da tarifa de ônibus em Campinas a União Nacional dos Estudantes divulgou uma nota informando que já se organiza para manifestações contra o reajuste em Campinas, classificando isso ultrajante e autoritário. O Secretário Carlos Barreiro disse que respeitas os atos pacíficos, mas que não há o que fazer na questão de finanças.
