Os leitos de UTI Neonatal e infantil não conseguem suprir a atual demanda de pacientes em Campinas. No caso de recém-nascidos, o CAISM da Unicamp que é a unidade de referência da cidade já suspendeu atendimentos de grávidas e bebês, diante da taxa de ocupação de quase 150%. São 22 recém-nascidos para 15 leitos habilitados.
O Hospital Celso Pierro da Puc-Campinas, nesta quinta-feira (25/05) estava com 17 bebês para 16 vagas na Unidade Intensiva.
No caso dos hospitais municipais, a Secretaria de Saúde informou que havia possibilidade de receber pacientes recém-nascidos tanto no Mário Gatti como no Ouro Verde.
Nessas duas unidades, no entanto, todos os leitos fixos de UTI pediátrica estavam ocupados. No Ouro Verde são 15 leitos e no Mário Gatti, 20. A situação só não é mais crítica porque neste último, algumas salas foram adaptadas para receber leitos reversíveis – com isso, o Secretário de Saúde, Cármino de Sousa, disse que havia possibilidade de internação de quatro pacientes.
Na UTI pediátrica do HC da Unicamp, também nesta quinta, os dez leitos estavam ocupados, com restrição de atendimento. No Celso Pierro da Pucc, as cinco vagas estavam preenchidas.
A crise na saúde de Campinas, não é exclusividade da rede pública. Carlos Bueno tem uma filha recém-nascida e buscou atendimento no Centro Médico, através do convênio Unimed. Com bronquiolite, ela teve que ser encaminhada para um hospital de Indaiatuba.
A assessoria de imprensa da Unimed informou que na região, o convênio disponibiliza 22 hospitais, sendo a obrigação garantir atendimento em algum deles, independente da cidade. Reconhece que o período é mais crítico devido doenças sazonais.
A Secretaria de Saúde informou que apensar da saturação na rede pública, ainda não precisou encaminhar pacientes para outra cidade, mas reforça que isso é uma prática normal, em caso de necessidade.
