A biblioteca de Sousas segue fechada por tempo indeterminado. Os livros foram retirados do imóvel em dezembro do ano passado depois que o aluguel foi reajustado. A reabertura depende do cumprimento de etapas burocráticas. A situação revolta a população do distrito de Campinas. Um abaixo-assinado organizado pelos moradores já conta com mais de mil adesões. Manifestações com faixas e cartazes também já foram feitas em lugares próximos ao endereço.
O prédio contava com 18 mil volumes. Entre os exemplares, materiais históricos sobre Sousas e Joaquim Egídio, obras didáticas, infantis e títulos de diversos tipos e gêneros, assim como um setor exclusivo para revistas e jornais antigos. Vera Mazzarella mora em frente ao local e viu quando os caminhões carregados deixaram a Avenida Cabo Oscar Rossin. Para ela, a cultura regional depende de lugares assim, já que não existem tantas opções semelhantes no município.
Tudo permanece guardado, já que o retorno ao espaço depende do acerto definitivo entre o Executivo e o proprietário do terreno. Segundo a Pasta de Cultura, o acordo foi feito, mas o valor de locação ainda precisa ser avaliado. Mas enquanto isso, a Secretaria também estuda qual decisão tomar na Biblioteca Municipal Professor Ernesto Manoel Zink, que fica no Paço Municipal, região central da cidade. O elevador do local segue inoperante.
Como o problema se arrasta há anos e prejudica a entrada de pessoas com mobilidade reduzida, uma rampa pode ser construída, já que o conserto e a compra de peças novas estão fora de cogitação devido aos preços altos. Atualmente, a cabine do equipamento está parada no andar superior sem condições de uso e o vidro de proteção permanece trincado. A única opção de acesso ao acervo do local é uma escada de 15 degraus.
