O garoto Cauã Ferrari, de 2 anos, morreu nesta sexta-feira, em Campinas, após ser picado por um escorpião, em Americana. Ele foi levado ao Hospital Unimed, em Americana, onde recebeu o primeiro atendimento.
O tio do menino, Cristiano Salles, publicou nas redes sociais e criticou o atendimento hospitalar dizendo que foram mais de 4 horas até que Cauã recebesse o soro. Um agravante, segundo ele, é que Americana não tem UTI infantil o que acabou agravando a situação dele.
Em nota a Unimed informou que quando a criança chegou no hospital Unimed Americana a família relatou que ela estava sentindo muitas dores e chorando. Ela recebeu toda a assistência adequada, incluindo atendimento pelo médico plantonista e fazendo um ultrassom.
A hipótese de ter sido picada por escorpião foi levantada pela equipe médica em função do quadro clínico. A Unimed informou também que a família relatou não ter visto o escorpião e não foi encontrado sinal de picada na criança.
Ainda em nota o hospital disse que o soro foi então solicitado ao Hospital Municipal de Americana e a criança foi estabilizada e encaminhada para a UTI Pediátrica do Hospital Samaritano em Campinas onde o seu quadro agravou e ela acabou morrendo.
A Secretaria de Saúde de Americana também se manifestou a respeito do assunto.
Em relação ao apontamento sobre a falta de UTI pediátrica, considerando o caso específico do paciente Cauã Ferrari, a secretaria informou que o procedimento preconizado pelo Ministério da Saúde não descreve ser imprescindível a administração do soro sob retaguarda de UTI pediátrica.
A secretaria reconheceu, porém, que ter o suporte de UTI para casos como esse torna o atendimento mais seguro, principalmente se o quadro clínico do paciente venha se agravar. A falta dela, porém, não deve impedir jamais o socorro imediato, conforme preconizado nos protocolos da assistência em urgência e emergência.
A Secretaria de Saúde informou ainda que o Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi é o local de referência no município para acidentes com animais peçonhentos, pois há um estoque de soro antiescorpiônico, tanto que após solicitação do Hospital Unimed, duas ampolas foram disponibilizadas de imediato.