O balanço divulgado pela Associação Comercial e Industrial de Campinas apontou que o desemprego diminuiu na região metropolitana no mês de julho, quando foram criadas quase 3,3 mil novas vagas de trabalho. Apesar do índice positivo, a situação praticamente permaneceu inalterada, segundo afirmou o economista da Fundação Getúlio Vargas, Anderson Pellegrino.
Na comparação entre os meses de junho e julho, foram 3.291 vagas nas 20 cidades da RMC. Apenas em Campinas, foram 173 novos postos de trabalho no período em análise. Apesar do número positivo quando foram analisadas todas as cidades da região conjuntamente, alguns importantes municípios da região apresentaram resultados preocupantes. É o caso de Sumaré e Paulínia, que recuaram na criação de vagas de emprego, registrando em julho queda de 438 e 320 postos respectivamente.
Para o economista da FGV, Anderson Pellegrino, os números gerais apresentados são importantes, mas nesse momento eles não significam retomada de crescimento. Segundo ele, a crise econômica ainda é muito severa e o cenário de incertezas para o futuro impede um desempenho melhor.
Para quem está há muito tempo procurando emprego, a ligeira alta registrada pela ACIC ainda não é sentida. No Centro Público de Apoio ao Trabalhador de Campinas, a situação permanece inalterada, como afirmou o motorista Darcy Moreira, que procura emprego há um ano. O técnico de obras, Neudes Pereira, está desempregado há um ano e três meses e disse que a busca por empregos está terrível, mas acredita que uma solução está por vir.
Segundo dados da ACIC, na RMC são 241.409 trabalhadores que ainda buscam por emprego.
