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Greve no Ouro Verde gera reflexo no atendimento de outros hospitais de Campinas

Valéria Hein

A greve dos médicos do Hospital Ouro Verde, de Campinas, entrou no terceiro dia nessa quarta-feira. Os motivos são salários que chegam a três meses de atraso, falta de condições de trabalho e de pagamento de direitos trabalhistas.  Dados do Sindmed, Sindicato dos Médicos de Campinas e Região, contabilizam que só na terça-feira haviam sido canceladas 10 cirurgias eletivas e cerca de 200 exames.

Apenas urgências e emergências estão sendo atendidas e a população reclama que como reflexo da greve no Ouro Verde, a movimentação aumentou em outros hospitais da cidade. Roberto Martins conta que passou a noite no Pronto Socorro do Hospital da PUC de Campinas. 

No PA Campo Grande a movimentação também estava acima do normal, de acordo com relatos de pacientes, mas o tempo para atendimento não estava muito longo, com cerca de 1 a 2 horas de espera, como conta Diane Cardoso. No Hospital Municipal Mario Gatti, o movimento é ainda maior nessa manhã.

Bruno Branchina precisou ir até lá por que não conseguiu ser Atendido no Hospital Ouro Verde, pois seu caso não se configurou como emergência. Foi realizada uma audiência de mediação no Ministério Público do Trabalho, com a presença de representantes da Prefeitura de Campinas, Sindicato e Vitale, empresa que faz gestão do Hospital Ouro Verde, mas a categoria alega que nada de efetivo foi proposto. 

Na audiência, a Prefeitura de Campinas prometeu analisar a possibilidade de realizar repasses de R$ 5 milhões à Vitale para quitar débitos trabalhistas de funcionários do Hospital Ouro Verde e para a compra de materiais e medicamentos.

De acordo com os médicos, além de medicamentos, faltam produtos básicos, como escovas de higienização, luvas cirúrgicas, papel higiênico e produtos e limpeza. No Hospital Ouro Verde são realizadas cerca de 200 cirurgias, sendo que 60% delas já vinham sendo canceladas por falta desses insumos.

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