O uso de agrotóxicos interfere no número de abelhas pelo mundo, assim como o aquecimento global. O estudo foi publicado na revista Science Enquanto nos Estados Unidos a queda chegou a 40% no início deste ano. Na Europa, nesse mesmo período, o índice chegou à casa dos 50%.
No Brasil, mesmo sem pesquisas que possam comprovar a interferência na reprodução e na vida desses insetos, a preocupação já existe. É o que diz o engenheiro agrônomo da CATI em Campinas, Osmar Mosca Diz, que também cita um problema comum na região: as queimadas. Ele também ressalta o papel do agrotóxico, muitas vezes usado de maneira irregular e indiscriminada nas pulverizações aéreas. A prática é comum nas monoculturas do estado de São Paulo, onde o desmatamento de áreas naturais já é um grande problema.
No caso das espécies nativas, o engenheiro agrônomo explica que a importância é ainda maior, pois se trata de uma coevolução. O panorama atual é um alerta sobre os riscos ao ecossistema, já que as abelhas desempenham um papel ecológico fundamental.